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História

    
            Zito Righi se notabilizou como músico que, nos anos 50 do século XX, desenvolveu um estilo muito pessoal, dando nova forma de interpretação do instrumento saxofone, fato que ganhou relevo no Brasil e no Exterior.

Fez carreira tocando nos conjuntos Bené Nunes, Waldir Calmon e Djalma Ferreira; integrou as orquestras da TV Rio, TV Continental, TV Excelcior, TV Tupi e de Roberto Inglês; mais tarde, formou com amigos os grupos musicais: “Ribamar e Zito Righi”; “Humberto Garim e Zito Righi”.

Admirado pela habilidade com o saxofone, no período de 1950 a 1972, conheceu a fama quando criou o conjunto “Zito Righi”, eminentemente dançante, tendo se apresentado em espetáculos por quase todas as capitais do estados brasileiros e gravado inúmeros discos LPs, cujo sucesso atingiu o auge no Festival Internacional de Cinema o Uruguai em Punta Del Leste, no ano de 1957. Depois iniciou uma série de shows pela América do Sul, começando pelo Chile (Santiago e Arica) onde fez temporada durante oito meses, junto com Roberto Inglês; Argentina (Buenos Aires); Peru (Lima); Paraguai (assunção) e Bolívia (La Paz). Em Portugal fez história com exibições espetaculares nas cidades de Lisboa e Estoril.

Uma Fase bastante interessante da sua vida foi quando adotou o pseudônimo de “Bob Fleming”, personagem consagrado em todo país que lhe permitiu gravar mais de 20 discos LPs, um tipo que animava os bailes e as tardes dançantes dos anos 50 e 60 do século XX.

Zito Righi desenvolveu amizade com importantes músicos da sua época como o maestro Cipó, Copinha, Cachimbinho, Ed Linconl e outros não menos famoso; participou de shows e gravações com os melhores cantores do Brasil: Orlando Silva, Carlos Galhardo, Nelson Gonçalves, Jamelão, Caubi Peixoto, Roberto Carlos e Waldir Azevedo.

Em 1936, com apenas 12 anos de idade, tocava cavaquinho no “Conjunto dos Boêmios”, composto por Jorge Santos (clarinete), Tião Debandi (pandeiro) e Lalo Righi (violão/acordeão) que se apresentava nos circos que chegavam à cidade, bailes nas casas de família e bailes de barraca (que só o pessoal daquela época sabe o que significa). Mais tarde, o “Conjunto dos Boêmios” ganhou o reforço de experientes músicos, passando a atuar nos bailes de carnaval, com a seguinte formação: Jorge Santos (clarinete), Zito Righi (saxofone), Adélio Soares da Silva (piston), Zequinha Aoares da Silva (bateria), Lalo Righi (acordeon) e Adali Soares da Silva (Aldair Volta Seca) (tuba).

Filho de Luciano Righi e Francisca Escobar Righi nasceu em 16/10/1924, mas nos primeiros dias de nascido foi morar na cidade do Rio de Janeiro, onde ficou até 1931. Isidoro ighi, O “Zico de Paty” ou “Zito Righi” tinha apenas oito anos de idade quando veio para Paty do Alferes com seus pais, e foi exatamente aqui nessa cidade que viveu uma infância e juventude muito feliz que toda pessoa de classe média costuma ter no interior. Em pouco tempo, tornou-se uma figura bastante popular, ainda na adolescência, já encantava os torcedores com sua arte de jogar futebol, além de demonstrar toda a sua vocação para a música.

Desde menino freqüentava a casa do maestro Teófilo, regente da Banda de Música de Paty do Alferes, com quem aprendeu as primeiras notas musicais e começou a tocar Cavaquinho e depois o Saxofone. Uma de suas alegrias era participar das retretas com a Banda Furiosa no Centro do Jardim da Estação, pois muito jovem já tocava ao lado dos melhores músicos da sua época, como Chico Sapateiro, Zezé Sapateiro, Sizenando, Adélio Soares da Silva e Adail Volta Seca que influenciaram o seu aprendizado e serviram de base para a sua gloriosa trajetória musical.

No ano de 1943 voltou a morar no Rio de Janeiro para seguir a carreira de músico, porém jamais, perdeu o contato com os seus amigos de Paty do Alferes: Altair Vaccani Coimbra, Léo de Faria Barros, Carlinhos Bernardes, Antônio Manoel Pereira (Nico Fiscal), Farid Tamer, Jorge Santos, Hugo Corrêa Bernardes, Hugo Coimbra Pimentel (Giga), Hélio Corrêa Bernardes, Rubens Pinheiro Bernardes, Dr. Antônio Paulo Basbus e outros.

Seu pai foi agente da Estação Ferroviária de Paty do Alferes, de 1932 a 1943 e residia com a família na casa que ainda existe atrás da Estação na Praça Pedro Chaim, no centro da cidade.

Zito Righi ilustrou a história da música brasileira com seu talento, sempre reverenciado por aqueles que admiravam a sua habilidade com o saxofone. Deixou um precioso legado para a cultura da música instrumental, que o credencia com uma referência no Brasil para as gerações de hoje, amanhã e sempre.

Em 26/12/1951 casou-se com Léa Mesquita Alves (Léa Alves Righi) com quem teve dois filhos; Ney Aves Righi e Ary Alves Righi.

No ano de 1978 iniciou a construção de uma casa na Rua Gilberto Prado Lemos, número 82, no bairro Pedras Ruivas, o que lhe permitia viver seus últimos dias num cantinho aconchegante da cidade que mais amou Paty do Alferes.

Faleceu aos 75 anos, em maio do ano de 2000, na cidade do Rio de Janeiro, onde está sepultado no cemitério do Caju.

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